8 de março de 2006

A mulher e a gramática.

__Hoje, Dia Internacional da Mulher, e tem um e-mail circulando por aí que foi um empréstimo de inspiração minha para "gerar valor de marca" à empresa (Submarino). Senti-me no direito de publicar aqui, claro, então lá vai.

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__Talvez a palavra mais delicada de se definir na gramática seja "mulher".
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Substantivo? Talvez seja o mais correto. Mas é incompleto. Primeiro, porque mulher não se nasce feita: torna-se. Nasce em forma concreta, mas se completa em caráter, no abstrato, apenas com o decorrer da vida e de seus feitos.
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E mulheres existem várias. Mas quando, de repente para alguém, passa a existir uma só, mulher deixa de ser plural para se tornar substantivo próprio, único. Vira mulher com M maiúsculo. Então, ela se torna referência, característica de comparação, e, por isso, até pode ser um adjetivo. E o mais poderoso.
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E para ir além, é com um toque de interjeição — porque faz parte dela a emoção e o sentimento — que consegue ser tão necessária ao dia-a-dia, fazendo-se, por isso, mulher.
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Substantivo concreto ou abstrato? Adjetivo ou interjeição? É melhor ficar só com "mulher" mesmo. Porque se conceitua em si e, pra falar a verdade, nenhuma classe ou palavra irá conseguir definir o ser que só uma mulher consegue entender. E na falta de definições, fica a homenagem a você, mulher, pelo seu dia. Parabéns.

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A lava de bisnaga e tela.

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