31 de março de 2009

Hai Kai de como começar uma relação desamarrada cujo equilíbrio é o próprio movimento de uma dança

Etiquetar é parte de uma etiqueta
Que não consigo...
eu,
quer dizer,
eu, tento,
digo...
não, não quero
perguntam e
bem...
não consigo...

Não consigo

O perfume de nós colados
Se resume a quatro letras
E alguns pontos finais
assim:

Hmmm...

Dá isso uma etiqueta?
Dá o tal ponto final?
Um resumo que se expande
Reti...scent?

Uma resposta sem paredes

Olá, oi, olá, oi, tudo bom?
Vem cá, oi, vem cá, oi, vem.
Confesso que me afobo
abafo-afago-afobo-agafo
— A linha clássica

Mas se leve, deixa-me levar:
Assim nos deixe
dançar em nós

Meu palco, meu baile
Seu infinito improvisar

Pois a gente tenta dar uns nomes
Como os deste aqui poema
Descrever sem restringir
Definir sem limitar
E dá num título
maior em palavras
menor em todo o resto!

E pra quê?
Pra quem?

Deixo o hai kai
"de como começar uma relação desamarrada cujo equilíbrio é o próprio movimento de uma dança"
pra quem quiser dizer
o que vê na gente
quando eu digo que nos vejo:

Eu com pé à frente
Você com pé atrás, e
Dançamos em nós
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