27 de novembro de 2005

Pequena.

Só de tu vires tratar de rotina

Fico feliz de ouvir futilezas;

Me abro quão flores à luz da matina

Pra receber-te, teu pólen, leveza.


Quando notei-o, um bosque crescido

Vi que, pequena, driblaste a noção

E o zum zum, que até fora ruído

Hoje é sorriso, promessa, canção.


Se piscas, voa, me leva onde fores

Bata as asinhas e deixa-me tonto;

Se o pó que fecundas causa-me amores

És minha fada, pois sendo o meu conto.


No escuro, porém, te gamo calado

Desejo progride; fazer que me tarda

Quero dizer-te o que tem me inspirado:

Existe um jardim que à estufa te aguarda.



A lava germina.