31 de janeiro de 2008

Marchinha do Crau

Ninguém me chama na cidade pelo nome
O meu é Craucio, de batismo e de nascença
Se assim me falam, eu viro lobisóme
Dou crau pra lá, dou crau lá
Dou crau pra lá, dou crau lá

Casei na missa cuma dona bem manhosa
Me invoca sempre, e às vezes é pra nada
Vem todo dia me pedindo bem dengosa
É "Crau..." pra lá, É "Crau..." pra cá
É "Crau..." pra lá, É "Crau..." pra cá

Ai a patroa tem um corpo que é beleza
Me dá na telha e eu vou pra sua saia
Mas ela teima, se fazendo de burguesa
"Sai, Crau, pra lá, Sai, Crau, pra cá"
"Sai, Crau, pra lá, Sai, Crau, pra cá"

Mas se me irrito, ela vê que tá errada
Vem com jeitinho, vem mimando bem mimosa
Aí num güento, dá uma coisa bem danada
E é crau pra lá, e é crau pra cá
E é crau pra lá, e é crau pra cá
__
__