Camadas
Na de cima, pinças catam mandiocas
— É minhac! Como. Ia. Dizendo.
E cá, lá, dá, nhá, c, ah!
Papapapeado até o amanhac!
Na de cima a busca poupada
Na de baixo, a busca calculada
Pela batata, coxa e colchão
Tato às escuras
Porém bem nas claras
Na de baixo a busca apalpada
É que são camadas
Separadas
Pela mesa do carteado
Do papeado
Do socialado
A minha mão
Descansa na sua coxa
Que-que-quer a minha
Mas há entre as camadas
A mesa plana
De cartas, de planos, e panos
A mesa que põe
-Te nas tuas
E menas minhas
Aí está!
Na de cima, cá nada
Na de baixo, trifurcadas
Está aí! Está aí!
Minha camada, na sua - se põe
Sobrepõe
Subpõe
E sua
Cava e sai da pele
Que é essa mesa carteada
Ao teatrando artificial
Ao manobrando artifício
Almejando artifícil
Camada social
É aquela que a gente finge
Mas camada submesal
É a que atinge
É a que nos diz as mãos
Que negam os petiscos
Preferem os deliscos
Vem-se comigo
Desfaz-me de amigo
De cartadas às quartadas
De saturadas às banhadas
Das fritas às cozinhadas
E nós, enfim, nas camadas.
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2 comentários:
caramba!
entendi pouco mas AMEI!!!
acho q tem coisa que nem precisa entender pra gostar.
agora reli e entendi melhor hahaha
mas ainda assim há algum mistério nela.
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