30 de outubro de 2013

Corpo rodovia

Tens vergonha desse corpo, mortal
tal qual as estradas do Monte Atlas.
Te achas maior que o devido
e não há mais forma indevida.
Teu corpo rodovia
só nos cabe aos bons pilotos
que vai do burgo à praia
a quarenta e poucos por hora.
Menos atento, perder-se-ia a-vista
dos morros de ti mulher:
por onde se olha, horizonte em Vênus,
derraparia, não pararia o peito
que nos teus vales as estradas
ouviriam o suspiro final.
Não tenhas vergonha, terra fértil
Já a queria quando à via vim.

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