6 de março de 2008

Gama

Quantas flores numa neve?
Quantas luzes numa sombra?
Quantos olhares na fruta
E boca em mesma boca?

De repente num clique
Um raio, num flash
O mundo num sorriso anil
Que traz a flor azul
De ramos tão verdes
Colhidos a mãos amarelas
De uma senhora rosa
Debaixo de tardes laranja
Prenúncio dum pôr vermelho

E dos negros, que surpresa!
— O povo mais colorido.

O acaso de achar um instante
Cores de mim distantes
O acaso de achar na história
O passado de cena memória

Vem comigo no sem-fim
Feliz que é o gamar
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2 comentários:

Bebê disse...

Cada vez mais incrível, como se fosse possível!

Rose disse...

"vasto o coração que alastra as sílabas silentes.
como traços espaços recantos poços
onde o tempo reduz o efémero, onde a alma refaz o eterno."
(Isabel Mendes Ferreira)

Como se fosse possível, é possível!

Beijos