Gama
Quantas flores numa neve?
Quantas luzes numa sombra?
Quantos olhares na fruta
E boca em mesma boca?
De repente num clique
Um raio, num flash
O mundo num sorriso anil
Que traz a flor azul
De ramos tão verdes
Colhidos a mãos amarelas
De uma senhora rosa
Debaixo de tardes laranja
Prenúncio dum pôr vermelho
E dos negros, que surpresa!
— O povo mais colorido.
O acaso de achar um instante
Cores de mim distantes
O acaso de achar na história
O passado de cena memória
Vem comigo no sem-fim
Feliz que é o gamar
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2 comentários:
Cada vez mais incrível, como se fosse possível!
"vasto o coração que alastra as sílabas silentes.
como traços espaços recantos poços
onde o tempo reduz o efémero, onde a alma refaz o eterno."
(Isabel Mendes Ferreira)
Como se fosse possível, é possível!
Beijos
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