31 de julho de 2007

E agora, Luís?

E agora, Luís?
A festa acabou,
o ar apagou,
o povo caiu,
o vôo não freou,
e agora, Luís?
e agora, nós?
você que é só nome,
zombava dos outros,
fazia seus gestos,
discursos, protestos?
e agora, Luís?

Está sem colher,
está sem discurso,
campanha carinha,
já não posso escolher,
já não posso voar,
despir já não pode,
a noite esquentou,
o deputado não veio,
o juiz não veio,
o gozo não veio
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, Luís?

E agora, Luís?
Sua dofe palavra,
seu instante de febre,
sua gula e banquete,
sua biblioteca,
seu banco de couro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
fecharam;
quer morrer no mar,
de dinheiro;
quer ir para minas,
Abre um bordel.
Luís, e agora?

Se gritasse,
se gemesse,
se tocasse
a gente não assistisse!
Mas deita,
mas dorme,
Se pelo menos se morresse...
Mas a gente não morre,
você é mole, Luís!

Sozinhos no escuro
qual bicho-do-mato,
com demagogia,
tal democracia
para nos encostar.
De carro preto
que fuja de golpe,
você nos guia, Luís!
Luís, para onde?
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2 comentários:

marcos.cangiano@gmail.com disse...

Então... na verdade não sei como funcionam esses snapshots. Acho eles bonitinhos mesmo haha. Coloquei em uma época que resolvi encher de coisa o blog (agora ele parece uma árvore natálina).

Os anúncios do Submarino são do programa de afiliados - ganho por percentual de clicks nos banners. Mas não ganhei nada até hoje, nem mesmo uma notificação. Mas como a esperança é a última que morre...

Beijo

Unknown disse...

Muito boa.